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12.19.2005

"CONCELHO DE ALIJÓ" (CONT.)


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História do Concelho
A vila de Alijó, situada a cerca de 45 quilómetros da capital do Distrito - Vila Real - localiza-se numa vasta área de cultura castreja. Sofreu, como tantas outras localidades do actual concelho, as vicissitudes resultantes da romanização e da ocupação mourisca.
Implantada num eixo que terá servido de fronteira em permanentes mutações, dividia cristãos e árabes. Foi por estes destruída e posteriormente abandonada.
Só a partir do primeiro quartel do século XII é que graças aos sucessivos forais outorgados por D. Sancho II, (1226), D. Afonso III (1269) e, mais tarde, por D. Manuel I , já no século XVI (em Julho de 1514), recomeçou o seu povoamento.
Serviu de motivação para os que demandaram este concelho, além das regalias concedidas, o seu clima e solos extraordinariamente ricos, particularmente para a produção de vinho generoso, acreditado "embaixador português" em todo o Mundo.
No entanto, só a partir dos séculos XII e XIII é que se assistiu a uma ocupação ordenada, tendo sido atraídos vários representantes da nobreza e da alta burguesia. Foi o caso do marquês de Távora - primeiro donatário de Alijó e seus termos, bens incorporados na Coroa após a execução dos Távoras, em pleno consulado pombalino.
Pelo Concelho de Alijó, existem dispersas várias manifestações do seu povoamento antigo, desde castros a pinturas rupestres e a vestígios de estradas romanas. A própria hagio-toponímia evidencia que do século VII ao século XIII se manteve na área do concelho uma população laboriosa, a qual conseguiu sobreviver às investidas quer dos mouros quer dos cristãos das Astúrias.
Alijó, cuja etimologia teria origem na existência da história Legio Spetima Gemina, outras teses nos indicam que o topónimo advém da palavra Ligioo, mais tarde Lijó, que pretenderia significar a natureza pedregosa do local naquela época, tem a sua monumentalidade representada pelo pelourinho, algumas casas solarengas e a igreja com o seu conjunto de alfaias, objectos de culto e várias imagens de relativo valor.
O conjunto de arquitectura religiosa nesta vila, completa-se com as capelas do Senhor do Andor ou dos Passos; a capela de Nossa Senhora dos Prazeres, no monte da Cunha, a de Santo António, no monte do Vilarelho; A arquitectura civil, com excepção do pelourinho, está praticamente circunscrita à existência do edifício da Câmara Municipal - Paços do Concelho - parte do qual construído no século XVIII e outra parte no século XIX. O brasão que coroa este edifício encontra-se picado, feito levado a cabo pelos soldados franceses na Guerra Peninsular e no qual, em vez das armas do concelho, mandaram pintar as águias napoleónicas, então ainda triunfantes.